TEXTOS DOS DISCENTES

 Liberdade ou Irresponsabilidade?

Por Lavínia Barbosa Dantas de Souza 

    A pandemia colocou em xeque diversas questões, não só acerca da saúde, mas também questões de cunho ético como o limite da liberdade. Dito isso, convém analisar o impacto de atitudes inconsequentes de atletas famosos que disseram não à vacinação contra a Covid-19. Eles exerceram seu direito à liberdade de expressão ou foram irresponsáveis? 

    Em primeiro plano, é importante afirmar que quando uma pessoa se recusa a tomar vacina, ela não está usando a liberdade de maneira consciente. Isso porque, segundo o filósofo Herbert Spencer, a sua liberdade termina quando a do outro começa. Nessa perspectiva, quando alguém deixa de se vacinar, está sendo irresponsável, pois esse é um ato que pode prejudicar o próximo. Ao não se vacinar, os riscos de contrair o vírus são maiores e com isso a transmissão também aumenta. Dessa forma, você coloca em risco não apenas a sua vida, mas a de uma população inteira. 

    Ademais, é necessário discorrer acerca da influência dessas personalidades no contexto mundial pandêmico. Quando atletas mundialmente conhecidos, como Alexandre Pato, Kelly Slater, Novak Djokovic e Herbert Spencer, apresentam discursos e comportamentos antivacina, eles estão incentivando um enorme grupo de pessoas a não se vacinar. Prova disso é a teoria Habitus, de Pierre Bourdieu, que mostra como a mídia cumpre uma função social e influencia em determinados comportamentos na população. Assim, ao ver ídolos do esporte, tidos como pessoas bem esclarecidas, negando-se a vacinar, a sociedade tende a negar a vacina também. 

    Fica evidente, portanto, que esses comportamentos devem ser fortemente reprimidos. Para tal, urge que o Ministério de Comunicação, em parceria com as redes de TV aberta, oriente corretamente a população acerca da importância e eficácia da vacina. Ademais, cabe aos órgãos esportivos competentes punir atletas que fizerem apologia ao movimento antivacina.


As Olimpíadas de Tóquio em meio a pandemia 

Por  Camilly Pereira Gonçalves Turma: 1° INFO B

    Sabemos que a pandemia afetou fortemente o mundo inteiro, tanto na saúde quanto financeiramente, causando inúmeros problemas na humanidade e nos projetos anuais. Com base nisso, temos como exemplo as Olimpíadas de Tóquio, que foram adiadas esse ano. Isso porque o país ainda não estava imunizado o suficiente, já que apenas uma pequena porcentagem da população havia sido vacinada. Além disso, o país vem enfrentando desde o ano passado (2020) as barreiras que a pandemia trouxe em meio aos projetos para as olimpíadas. Inclusive, os atletas sofreram dificuldades para se prepararem para os jogos e também o risco de se contaminar com a doença, pois nós sabemos que as Olimpíadas é um grande evento, no qual vão pessoas do mundo inteiro para prestigiar, com isso haveria uma grande aglomeração, coisa que não é permitido na situação que estamos vivenciando atualmente.

    Uma parte do país estava em comemoração e ansiosa para o evento, porém houveram pessoas que acharam que seria melhor se não houvesse Olimpíadas, para a segurança e saúde de todos. Inclusive, os médicos afirmavam que as unidades de saúde que tratam pacientes com covid-19, já estavam no limite. Houve sim as Olimpíadas de Tóquio, porém ocorreram grandes mudanças e restrições para a realização da mesma. Foi um processo bem planejado e estudado. Evitaram torcedores nas arquibancadas para diminuir o risco da contaminação, ou seja, só foi permitido a entrada dos envolvidos no evento, os participantes, organizadores e outros. Todos os que foram ao local do evento, tiveram que fazer o teste, para saber se estavam contaminados. 

    Quase nenhum dos participantes tiveram permissão para levarem acompanhantes, digo quase, pois houve a adolescente brasileira Rayssa Leal, que por ser de menor de idade, foi acompanhada de sua mãe. Mas, fora isso, os demais não puderam. Houve até um apelo de algumas atletas mães, pedindo a permissão para levarem os seus bebês, pois não queriam interromper a amamentação. Teve também uma reclamação do Gabriel Medina, pedindo a permissão para ir acompanhado de sua esposa, já que é ela que o auxilia em vários aspectos, porém não tiveram sucesso. 

    As restrições foram bem rígidas, pois na situação em que estamos vivendo, todo cuidado é pouco. Acredito que todas as medidas tomadas, foram de extrema importância e necessidade, já que o mundo inteiro se encontra até hoje em um momento extremamente delicado. Devemos ser responsáveis e extremamente cuidadosos, ainda mais na época das Olimpíadas, onde muitos países não tinham grande parte da imunização contra o vírus, principalmente no Japão, pois lá tudo estava acontecendo de uma forma muito lenta. 

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